2005-09-04

A minha "playlist" de 2004 (20 músicas)

1. After Forever - Sins Of Idialism (Invisible Circles)
"Invisible Circles" não é um trabalho genial, mas mostra que a banda atingiu a maturidade e está preparada para mais altos vôos. Existe uma maior agressividade neste último trabalho, que é um "concept album" e beneficia de uma produção melhor que os anteriores.

2. Derek Sherinian - God Of War (Mythology)
O ex-membro dos Dream Theater já não tem nada a provar, e o quarto trabalho editado com o seu nome não deve ser poupado a elogios... instrumental progressivo, puro e duro que não fica nada a dever ao som da ex-banda.

3. Dragonforce - Cry Of The Brave (Sonic Firestorm)
Não sendo fã incondicional dos Dragonforce, sobretudo por causa da voz do vocalista, gosto bastante dos temas e reconheço que não lhes falta adrenalina! São uma grande revelação e provavelmente criaram o conceito de speed-power-metal :) Este álbum valeu-lhes o reconhecimento pleno e alguns concertos com os Iron Maiden.

4. Elvenking - The Silk Dilemma (Wyrd)
Gosto muito de folk metal. Os Elvenking não são os meus favoritos, mas fazem-me esquecer que não gosto de cerveja e desejar estar num bar a cantarolar os refrões parolos... só por isso, este seu último trabalho merece uma reverência!

5. Evergrey - Ambassador (The Inner Circle)
Apesar de preferir o "Recreation Day", também gosto bastante do último álbum dos Evergrey. Possui uma atmosfera mais pesada e afastou-se do power metal, sendo já quase exclusivamente progressivo.

6. Freedom Call - Freedom Call (Live Invasion)
Freedom Call ao vivo! Berrem que nem uns doidos, mesmo desafinados que ninguém nota!

7. Joe Satriani - The Souls Of Distortion (Is There Love In Space)
Quando o "Mestre" se lembra de aparecer, lá volta a nostalgia dos bons velhos tempos misturada com um som agradável e bom tecnicamente.

8. Leaves Eyes - Into Your Light (Lovelorn)
Penso que a Liv Kristine adquiriu o desejo de obter mais protagonismo, o que levou a um ambiente estranho nos Theatre of Tragedy, que perderam definitivamente a identidade sonora depois de Aégis. A voz de Liv necessita de um complemento masculino e esta nova banda ouve-se mais pela nostalgia dos tempos passados.

9. Mercenary - 11 Dreams (11 Dreams)
Não conheço pessoalmente quem já tenha ouvido falar dos Mercenary, tirando o Ragnav - a quem eu falei deles :) Têm algumas boas passagens, o álbum é agradável e esta música faz-nos "abanar o capacete".

10. Nightwish - Creek Mary's Blood (Once)
É enorme a minha admiração pela música dos Nightwish e são uma das minhas bandas favoritas. Fiquei muito surpreendido pela positiva com o novo álbum: quando praticamente já se deparava com a inevitabilidade da repetição, surgiram novas ideias e uma sonoridade refrescante. Imperdível.

11. Orphaned Land - Halo Dies (Mabool)
Para mim esta é a revelação e o álbum do ano de 2004. Não vou fazer qualquer outro comentário, pois já falei de Mabool neste blog.

12. Pain of Salvation - Iter Impius (Be)
Embora seja normalmente classificada de "progressiva", creio que não existe uma categoria onde possamos encaixar esta banda. Só posso dizer que é original, muito interessante e tecnicamente irrepreensível.

13. Rhapsody - Unholy Warcry (Symphony Of Enchanted Lands II)
O último álbum dos Rhapsody foi tão planeado e trabalhado ao pormenor que acabou por ficar aquém das expectativas e não chega sequer ao nível dos anteriores. Mas apesar disso, todos os álbuns dos Rhapsody têm um ou dois "hinos" que acabamos por cantarolar. Este é o "hino" de Symphony Of Enchanted Lands II e só por isso vale a pena estar na lista.

14. Sirenia - Voices Within (An Elixir For Existence)
O mercado de "bela voz feminina com acompanhante grunho" começa a ficar saturado, mas pela magnificiência da orquestração e dos coros, e pela beleza dos solos de violino e do som das guitarras clássicas, os Sirenia merecem uma referência. Continuarei a acompanhá-los com muito interesse.

15. Skyclad - Another Drinking Song (A Semblance Of Normality)
Não sou fã dos Skyclad! Mas uma música com este título só podia estar na playlist :D Agora a sério, gosto bastante desta música e... bem, venham lá as canecas!

16. Sonata Arctica - Misplaced (Reckoning Night)
Os Rhapsody prometiam o álbum do ano no power metal, mas os Sonata Arctica não deram hipótese a qualquer banda e reclamaram para si o prémio. Recomendo vivamente este Reckoning Night.

17. Sunterra - Lost Time (Lost Time)
Mais uma banda de "bela voz bela feminina com acompanhante grunho". Neste caso com uma particularidade: o flautista faz parte integrante da banda. Apesar disso, a continuar nesta linha os Sunterra não se deverão demarcar das outras bandas do género nem obter grande protagonismo, mas são agradáveis de se ouvir.

18. Therion - Son Of The Sun (Sirius B)
Dois álbuns de uma vez que marcam uma reviravolta surpreendente na sonoridade dos Therion, que vão buscar algumas das suas raízes e nos oferecem o melhor da sua carreira... até ao momento, claro! A não perder.

19. Threshold - Mission Profile (Subsurface)
Mais uma banda progressiva da qual fiquei adepto após o álbum editado em 2004. Não direi que são os melhores no género, mas possuem um trunfo muito importante: a audição é fácil e por isso constituem uma boa "porta de entrada" ao recém-ouvinte do progressivo.

20. Xandria - Ravenheart (Ravenheart)
Uma voz melodiosa e composições bastante agradáveis e sem grandes exigências técnicas. Boa música para "descontrair" no campo do metal, e grandes expectativas para o álbum de 2005 intitulado "India".

2005-04-13

Lista de 2004

Lista de top 10 de 2004.

Antes de ler a lista é de realçar 2 pontos:
1 – A ordem do álbuns não é determinante, ou seja, não quer dizer que o 1º é melhor que o 2º simplesmente estão por ordem alfabética.
2 – Muitos dirão que o álbum “qq coisa “ é melhor que estes, pois bem, é possível, no entanto este blog é feito sem o apoio de ninguém e sai do nosso couro como tal, não ouvimos as releases todas, falamos aqui daquilo que conseguimos arranjar e ouvir.

1 – After Forever – Invisible Circles
Grande álbum, nota-se a evolução da banda, muitos mais samples e uma notória maturidade na música que fazem, os After Forever assumem-se como uma das grandes bandas do momento, mostrando neste álbum um grande talento para histórias e música. O único contra do álbum são as partes faladas, que são bastante fracas, é a única nódoa num trabalho muito bem conseguido.

2 – Amon Amarth – Fate of Norns
Um excelente álbum desta banda de death com influências vikings.
Se bem que mais lento que os antecessores,o que para muitos é um ponto contra, par mim é um excelente álbum. Death Metal do melhor, mais melódico, que é sempre um ponto a seu favor.

3 – Ayreon – Human Equation
Arjen lucassen de regresso, após um interlúdio, chega-nos um álbum recheado de grandes nomes James La Brie (Dream Theater), Mikael Akerfeldt (Opeth), Devin Townsend, entre outros, e o próprio Arjen, consegue compor um álbum onde nos oferece uma palete de vozes e sons incrível, tendo como pano de fundo uma boa história, desde influências folk a progressivo, e algum psicadelismo, está lá tudo. De realçar a excelente escolha de vozes, aqui temos uma ópera verdadeira, em que as personagens são distinguíveis pela sua voz e não somente quando se está a ler a letra.

4 – Evergrey – Inner Circle
Devo de admitir que este álbum não me disse muito no início, mas após lhe ser prestada alguma atenção é muito bom, os Evergrey são sem dúvida uma grande banda.
Já revisto no blog.

5 – Dragonforce – Sonic Firestorm
Obra prima sem dúvida, velocidade, técnica, melodia, tudo em grandes canções, de proporções épicas, grande álbum.
De análise mais demorada neste blog, o novo caminho do power metal, se alguém o conseguir acompanhar.

6 – My dying bride – Songs of darkness Words of light
Dispensam apresentações, neste album um regresso ás origens, doom gótico do melhor que já ouvi, um grande álbum de uma grande banda.
Beleza e drama, melancolia e raiva em proporções certas.

7 – Nightwish – Once
Admito que estava apreensivo em relação a este álbum, “Mais wishmaster”, pensei eu, mas não, os Nightwish mostraram o novo patamar da sua carreira, estabeleceram novos limites às suas músicas e ganharam, tirando o Nemo, mas de resto, um óptimo álbum, excelente produção e a marcar, sem dúvida, 2004.

8 – Sonata Artica – Reckoning Night
Que dizer de uma banda que, quanto a mim, é o maior bastião do power metal finlandês.
Lançaram um álbum que das melhores músicas que já fizeram, estão a tocar melhor e isso nota-se na maior complexidade das músicas, continuam a ter grandes melodias e a saber aplicá-las na perfeição.
This ain’t your fayritale – clássico imediato.

9 – SYL – Strapping Young Lad
Alguém os segure.
Aqui há tempos o Devin Townsend disse que ía parar os SYL, que já não tinha raiva para isto, mas pasme-se está bem danado o moço.
Somos espancados por sons, blast beats brutais (Grande Gene Hoglan), vocalizções que não sabemos de onde vêm com o toque de génio do que é também um dos grandes produtores actuais.
Admito que ouvir de uma vez é difícil, mas é um grande álbum, que requer estofo para se ouvir.

10 – Xandria – Ravenheart
Primeiro álbum de uma banda que vai longe, excelentes canções góticas, do melhor que já se fez na linha do gótico melódico.
Com uma excelente vocalista, e muito bonita também, conseguiram fazer algo que os distingue das demais.

2005-03-10

Pain of Salvation "Be" (2004)


Classificação: 8,5/10

por Ragnav


Regresso da banda sueca, com um álbum conceptual sobre a existência do ser. Grandes canções, onde se explana a capacidade musical desta banda, sem falhas e uma produção excelente. Ao longo do álbum somos levados a equacionar a vida, a existência, ouvimos o gravador de chamadas de Deus - que aparentemente nunca está em casa.
Temos momentos de folk, logo na abertura, momentos de metal progressivo, a fazer lembrar Dream Theater - mas não se leve em exagero a comparação, os Pain of Salvation são uma banda no seu direito próprio, com o seu próprio estilo e isso nota-se muito bem na diversidade existente no álbum.
Um muito bom álbum de rock/metal progressivo, de uma excelente banda, que deve ser ouvido várias vezes para se apreciar na totalidade.

2005-01-09

Orphaned Land "Mabool" (2004)


Classificação: 9/10

por Centaurus

Considero ser este o grande álbum do ano de 2004. Os Orphaned Land regressam após oito anos de ausência e, apesar de ainda apresentar alguns traços similares com "El Nora Elila", este álbum representa certamente um passo de gigante na carreira e que aumenta em muito as expectativas em relação à progressão da banda. Desde letras cantadas em inglês, latim e hebreu à introdução de instrumentos provenientes de culturas diferentes temos de tudo um pouco. Todas as músicas estão muito bem elaboradas e a produção é excelente. Não sei muito bem em que estilo enquadrar o álbum mas isso é perfeitamente irrelevante. Temos aqui um álbum revelação, absolutamente imperdível...